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Tertúlia BD Zine #100

Com dois anos de atraso, eis que o "Tertúlia BDzine #100" viu finalmente a luz do dia. Escrita há cerca de 5 anos por David Soares, a "Tertúlia do Horror" foi sendo sucessivamente adiada devido aos atrasos crónicos do artista originalmente associado ao projecto, um grande talento da nossa praça, infelizmente acometido por graves problemas de improdutividade, entre outros achaques não menos incómodos (sobretudo para terceiros). As 4 páginas aqui apresentadas, sob o lema "Pastiches à Portuguesa", marcam o regresso, forçado mas bem-vindo, do David à ilustração, acompanhado por mim próprio na arte-final, num convite que muito me honrou e que espero poder ver repetido numa futura oportunidade. O David, não sendo um virtuoso absoluto do desenho, sabe compor uma página como poucos e é daqueles artistas que coloca tudo o que é realmente indispensável numa página, deixando porém o "espaço" suficiente ao arte-finalista para que este possa interpretar convenientemente o lápis e deixar o seu estilo próprio. Espero então que apreciem o resultado final, feito em duas semanas de trabalho suado. Pela nossa parte, valeu a pena, e aproveito para agradecer a todos os amigos que compareceram propositadamente na Tertúlia BD de Lisboa, no Parque Mayer, para confraternizar connosco num serão bem passado. Um abraço!

Comentários

Anónimo disse…
Realmente é pena que a arte do David Soares apareça em pequenas doses. É sinal que é algo de bom, as iguarias nunca nos são servidas em pratos a abarrotar.

A minha história favorita de todos os tempos da Lx Comics da BDeteca é a história que ele fez nessa publicação. 'A Menina e o Gato' (como eu carinhosamente a chamo) tem uma tal sensibilidade e sentido critico que ainda hoje me toca o coração cada vez que leio aquelas 4 páginas.

Como diz o Trent..'This is the beginning'
Anónimo disse…
Acho que as pranchas de bd devem começar a ser criadas a pensar no ecrã do computador,
será que estou errado?
Mário Freitas disse…
Pessoalmente, e honestamente, acho que sim, que estás errado. Uma prancha de BD é uma peça individual, é um fim em si. É a representação visual de um argumento. Um ecrã de computador é simplesmente a forma de apresentação, tal como é o papel.

Se estivermos a pensar numa edição exclusivamente online, então sim, poderemos pensar nisso; mas eu ainda assim acho que o conteúdo formal da BD se aplica a qualquer meio de apresentação.

Mas é um assunto que dava pano para mangas, obviamente.
Anónimo disse…
Ok.
Eu quis mesmo levantar a questão
porque os blogs têm uma certa importância na divulgação da BD.
Obrigado por responderes.

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